terça-feira, 4 de novembro de 2008

- Tou indo.

Eu vou embora porque tenho pavor de você querer que eu vá embora. não ser mais desejado por você é como ser convidado pelo super homem para sobrevoar minhas dores e, de repente, só porque o super homem não existe (e eu deveria saber disso), ser lançado lá de cima, de encontro aos meus mundinhos antes tão grandes, depois tão pequenos. agora enormes. se aproximando. se aproximando. e cair de cara em mim mesmo. e me quebrar e quebrar tudo de novo. eu não faço questão que ninguém goste de mim, mas fico completamente louco quando alguém gosta. porque descubro que cada segundo da minha vida foi pra sentir isso. e o que será dos próximos segundos? não me tire da minha merda pra depois me lembrar que tudo é uma merda. sem fim, sem fim. e não me pergunte como é que nascem pessoas assim, como eu, que amam com tanta necessidade de machucar. como é que tem gente, como eu, que acha que sentir amor é uma gripe forte, uma célula mutante, um motivo pra chorar muito como se a vida fosse demais pra gente simplesmente viver sem prestar atenção nela.

Como é que se vive? como é que se ama em meio aos fedores e sujeiras e desistências da sua casa? como é que se espera alguém voltar do seu mundo particular se eu acabo, por conta de um medo absurdo, indo para o meu para não ter que ver você longe? esperar o quê? a vida secar tudo, murchar tudo.

2 comentários:

Ed Anjos disse...

Tiu, tou até sem palavras :x
é seu ?

Jotta disse...

Caraca, q soco no meu estomago Tiu?!
Só os extremos extrai da gente esse tipo de molho especial... Vc parece os frutos de uma preciosa parreira plantada em solo perfeito. Cara, isso é vinho bom, certeza!

ei, me dá um autografo?